Brincar pra quê? TDAH

Brincar pra quê? TDAH

A atenção é uma habilidade cognitiva que usamos em quase todas as nossas atividades cotidianas. Está presente praticamente em tudo que fizemos, desde o acordar até a hora de dormir. É um dos primeiros e mais importantes aspectos para o estudo. Quando a criança estuda, ela precisa estar atenta ao que está ouvindo, assistindo, lendo ou praticando. Assim como precisa se manter concentrada por um determinado tempo, para que consiga iniciar e concluir uma tarefa. Para que a aprendizagem aconteça de forma satisfatória, é preciso habilidades cognitivas como atenção e autocontrole.

Você já deve ter ouvido falar no TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). É um dos transtornos mais conhecidos que tem como característica a dificuldade para controlar e focar a atenção em um estímulo e controlar o comportamento em geral. Para identificar se uma criança tem TDAH existem alguns critérios para esse diagnóstico, como a presença permanente de seis ou mais sintomas de desatenção e hiperatividade impulsividade por pelo menos 6 meses e que não estejam de acordo com o nível de desenvolvimento.

Sintomas de Déficit de atenção:

- Desatenção a detalhes e erros,

- Dificuldade em manter a atenção;

- Parece não escutar;

- Dificuldade com instruções, regras e prazos;

- Dosorganização;

- Evita ou reluta tarefas de esforço mental;

- Perde, esquece, extravia objetos;

- Alta distração;

- Não automatiza tarefas do cotidiano.

Sintomas de hiperatividade impulsividade:

- Movimento excessivo do corpo durante postura;

- Dificuldade em permanecer sentado;

- Sobe, escala e se expõe a perigos;

- Acelerado para as atividades;

- Faz tudo “a mil”;

- Fala demais e se intromete;

- Responde antes de concluir a pergunta;

- Dificuldade em esperar;

- Interrompe inoportunamente.

Para que se chegue a um diagnóstico de TDAH de forma efetiva, é preciso contar com todas as partes envolvidas. A família exerce um papel fundamental, assim como o relato da escola e dos demais especialistas tem grande relevância para o médico que estiver avaliando.

Os jogos e brincadeiras são grandes aliados para o desenvolvimento das habilidades de atenção e autocontrole, assim como auxiliam no processo de avaliação e identificação do déficit de atenção e hiperatividade, e também no trabalho de intervenção com as crianças que apresentam sintomas do TDAH. Normalmente o jogo ou a brincadeira possui um desafio que estimula o cérebro da criança a exercitar as habilidades cognitivas.

A seguir, algumas sugestões de brincadeiras que podem ser praticadas nos diferentes espaços, como, em casa, na escola ou nos atendimentos especializados:

Quebra-cabeça: montar quebra-cabeça é uma brincadeira divertida que estimula a inteligência, o pensamento lógico, a composição de figuras, discriminação visual e atenção.

Jogo da Memória: jogo da memória é uma brincadeira simples e que as crianças adoram. É ótimo para trabalhar a atenção e o foco, pois é preciso concentração para lembrar onde estão as cartas iguais.

Jogos de tabuleiros: existem muitos jogos de tabuleiros e geralmente eles são ótimos para desenvolver habilidades cognitivas e sociais. Jogos de estratégia desenvolvem o raciocínio lógico, auxiliando na tomada de decisão antes da jogada.

Jogos de adivinhações: jogos de adivinhações como “O que é, o que é” e brincar de mímica, estimulam o pensamento lógico. Ajudam a desenvolver a capacidade de dedução, atenção, observação, discriminação visual e favorecem a comunicação.

Calendários e rotinas: existem diversos recursos como quadros e calendários lúdicos que auxiliam a criança a se organizar e ter clareza da sua rotina.

Brincadeiras corporais: brincar de estátua e morto-vivo são alguns exemplos que envolvem a consciência corporal, além de estimular a concentração e controle da impulsividade.

Criação Livre: para aquelas crianças que tem dificuldades de concluir uma atividade, para cumprir regras e até mesmo dificuldade de lidar com o certo e o errado, a pintura, a massinha de modelar e os blocos de montar podem ser ótimas opções, pois não apresentam uma dificuldade ou desafio e ainda auxiliam na expressão de sentimentos, podem ser construídas pela criança de forma livre.

 

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